quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Caboclinho x Lambe Sujo pelas lentes de Márcio Garcez

Há mais de cem anos sustentando sua tradição, a festa de Caboclinho e Lambe Sujo revela mais uma vez sua riqueza através das lentes de Márcio Garcez. Aberta na noite desta terça-feira, 26, a exposição de autoria do fotógrafo segue até o dia 24 de março no Museu da Gente Sergipana. As fotos são fruto de sete anos de registro, e mostram a programação da festa desde a coleta de alimentos até as bênçãos.
“Acompanho a festa há 17 anos, já que é uma manifestação antiga, típica de Sergipe. A meta é trazer um pouco dessa cultura para os próprios sergipanos, para manter preservada essa raiz e homenagear a história de duas raças exploradas”, diz Márcio. A exposição, que já percorreu Brasília e Porto Alegre, obteve boa recepção fora do Estado. “Todo mundo se interessou, divulgou e reconheceu o valor de nossa tradição”, explica.
Com curadoria de Ézio Déda e Mário Britto, a mostra marca a inauguração de um novo ciclo de ações do Museu da Gente Sergipana para 2013. A abertura contou com a presença de autoridades e admiradores, que prestigiaram o autor. “Fiz questão de vir, por que a cultura da nossa gente deve ser homenageada”, afirma a professora Maria Bonfim.
Fonte: Portal Infonet

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ministério do Turismo investe em Sergipe

O Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Governo do Estado, investe em obras para promover o  desenvolvimento turístico em  Sergipe.  São R$ 6,6 milhões investidos na reconstrução da SE-444, estrada que dá acesso ä praia do povoado de Crasto, no município de Santa Luzia do Itanhy.

Localizada no litoral sul de Sergipe, a nova rodovia terá uma extensão de 8 km. Quando pronta, vai beneficiar cerca de 60 mil moradores locais, trazendo mais segurança para quem transita na região, além de aumentar o fluxo de turistas. Esse trecho dá acesso a um rico patrimônio ecológico,  totalmente protegido e formado por dunas, mangues, praias e mata Atlântica.

Os recursos são oriundos do Pacto pelo Desenvolvimento do Turismo, proposto pelo Ministério do Turismo aos governadores. Nesta primeira etapa, serão destinados R$ 305 milhões em obras de infraestrutura turística para  os  Estados que aderiram ao Pacto.

O Ministério do Turismo acredita que os bons resultados do Pacto vão possibilitar a inclusão de muitos brasileiros na classe média. Sem falar nas oportunidades de empregos, com a proximidade da Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo da FIFA em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Fonte: RMS

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Governo vai multar irregularidades de hotéis, agências de viagem e guias

O governo federal se prepara para, até junho, ter condições a multar e mesmo cassar registros de prestadores de serviços de turismo que cometam irregularidades. Um decreto deverá permitir, por exemplo, que sejam punidos guias que não têm a formação técnica exigida para profissão ou hotéis que informem ter um determinado número de estrelas sem tê-lo, de fato, conquistado de acordo com as normas federais.

Embora essas sanções estejam previstas desde 2008, elas não têm sido aplicadas por falta de fundamentação legal, segundo o diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo, Ítalo Mendes. Com isso, o poder de fiscalização da pasta fica limitado – quando encontra uma irregularidade, o órgão apenas notifica o responsável, não aplicando nenhuma sanção administrativa.

“Um grupo de técnicos de legislação do Ministério está analisando a versão final do texto e a ideia é que a gente remeta para a pbulicação de um decreto para regulamentar, ainda até o final deste primeiro semestre, a fiscalização do serviço turístico no Brasil”, disse Mendes ao iG .

A lei 1771 de 2008 prevê multas de R$ 350 a R$ 1 milhão, suspensão e até cancelamento do registro do prestador de serviço no Ministério do Turismo – o que o impede de atuar no mercado. Entre as irregularidades estão, por exemplo, a não disponibilização pelos prestadores de serviço de um sistema de reclamação para clientes, ou o não preenchimento do registro de hóspedes.

No caso dos guias de turismo, é necessário fazer um curso técnico para atuar na profissão, esclarece Irma Karla Barbosa, presidente da Fenagtur, a federação nacional da categoria. Além disso, é preciso registro no Cadastur, o cadastro federal de prestadores de serviço do setor. “Há quem tenha o curso mas não tira a credencial porque o Miinistério não faz fsicalização”, diz.

Enquanto o Cadastur aponta a existência de 9.490 guias em situação regular hoje no país, Irma estima que de 18 a 20 mil estejam trabalhando na área atualmente.

A fiscalização será feita por funcionários do Ministério e das secretarias estaduais do turismo. Segundo Mendes, há um convênio com a Escola de Administração Fazendária (Esaf) para formar uma primeira leva de 200 agentes federais, mas o número deve aumentar.

Toda a cadeia de serviços de turismo poderá ser fiscalizada, e o foco inicial será retirar do mercado agências e guias de turismo informais. No caso das classificações indevidas por parte de hotéis, Mendes afirma que o objetivo agora é de divulgar o novo sistema lançado em setembro e atrair os estabelecimentos para o modelo.

“Os primeiros hoteis estão se classificando agora. De150, 28 já receberam a classificação.”

Atualmente existem 41.802 prestadores de serviços regulares registrados no Ministério do Turismo.

Fonte: IG Economia

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Turismo: destino em alta para guinada na vida profissional

Às vezes aquela canseira e insatisfação com o trabalho se cura com turismo. Para muitos brasileiros, não com uma viagem de lazer, mas com o trabalho no turismo.

Formada em pedagogia, há uns cinco anos Vera Lúcia Nascimento de Oliveira, de 57 anos, resolveu deixar a diretoria da creche que comandava em Pouso Alegre, em Minas Gerais. Já não dava mais para conciliar com as demandas da Veratur, a agência de viagens que ela fundou.

"Pouso Alegre era uma cidade pequena, onde as pessoas não tinham lazer, cultura. Hoje a população trabalha, ganha dinheiro para viajar. Viajar pela Veratur", diz, piscando o olho.

Tamires Peres, sua filha e sócia no empreendimento, estava no meio do curso pré-vestibular à época para tentar se tornar médica. "Eu sempre quis fazer medicina, não queria turismo", diz ela, que acabou indo fazer direito – não para advogar, mas para melhor gerir a empresa.

Desistir da carreira em um setor e partir para o turismo é uma história de vida comum entre profissionais hoje no setor ouvidos pelo iG . Uma transição que vem se tornando mais atrativa nos últimos anos no País: de R$ 228 bilhões em 2010, o setor atingiu movimentação financeira de R$ 250 bilhões no ano passado e, segundo estimativa do Ministério do Turismo, deve chegar a R$ 260 bilhões em 2013.

"Muitas agências nasceram de viagens que as pessoas fizeram. Elas gostaram do setor e decidiram se tornar empreendedores", afirma Edmar Bull, vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) – segmento que, prevê, deve ter um crescimento de 8 a 9% do faturamento neste ano em relação ao ano passado.

Lucas Martin, de 26 anos, voltou da tradicional viagem de formatura do ensino médio a Porto Seguro (BA) pensando nisso. Chegou a concluir o curso superior em publicidade, mas nem vai começar a trabalhar na área. "Sempre estive ligado ao turismo. Já trabalhava com monitoria e agora vou abrir uma franquia, daqui a um mês ou dois, em Bauru (interior de São Paulo)", diz ele. "Vale a pena investir, o Brasil está sendo visto como potência turística", avalia.

Entediada com a vida no banco, Sônia Estela Mendes, de 40 anos, ainda lembra de quando resolveu, enfim, escolher outra carreira. "Percebi que queria conhecer o mundo e não tinha condições financeira para isso. Jamais conseguiria passar o meu aniversário de 15 anos na Disney, mas passei o de 27 anos lá", relembra a empresária, proprietária da Sonitur, de Ribeirão Preto (SP).

Além do fascínio, outro estímulo é o investimento inicial relativamente baixo, segundo o vice-presidente da Abav – são bastante comuns os empreendimentos em sistema de home office, por exemplo, o que reduz o custo. E há um amplo espaço a ser ocupado no país. "Se só 10% da nossa população viaja, quanto temos para crescer?", pergunta Bull. "Há mercado para todos."

Passo a passo
Uma dica é iniciar uma atividade no setor com o atendimento a todos os segmentos – negócios, lazer, rodoviário, marítimo – e só depois especializar-se. "Assim o empreendedor pode ver em qual ramo gosta mais de atuar", diz o empresário. A principal atenção deve ser com a tomada de crédito para tocar o negócio e com o oferecido aos clientes finais.

Há também carência de formação na área, diz Bull. "O pessoal não entra mais na agência para pegar folheto (de destino turístico), mas sim para resolver a venda", sugere.

Neste ano, o Senac São Paulo lançará três cursos de extensão, em parceria com a Cornell University, para profissionais na área de área de alta gestão.

Cássio Santos Oliveira, consultor do Sebrae-SP, lembra que a Copa do Mundo deverá ser não só um ponto alto, mas também um gatilho para um período positivo para o setor como um todo.

"As agências de turismo receptivo terão muitas oportunidades pois vão conseguir vender os seus produtos regionais (durante o evento)", exemplifica. "O turismo vai ter grandes oportunidades a partir da realização da Copa de 2014", diz.

Oportunidades

Crescimento do emprego em ramos do turismo e no conjunto da economia (em %, 2012).

Fonte: IG Economia (Foto: Internet)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Roteiros ‘Sol e Praia’ e ‘Festejos Juninos’ serão destaque no estande de Sergipe na CVC

O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Turismo e da Empresa Sergipana de Turismo, vai dar início ao plano de divulgação do destino Sergipe em 2013 nas principais feiras e eventos de turismo do Brasil e no exterior.

Em sua primeira ação do ano, a Setur e Emsetur estarão participando da 19ª edição Workshop & Trade Show CVC. O evento, que marca a abertura da divulgação de Sergipe nas feiras de turismo em 2013, vai reunir o trade turístico de todo país, atraindo um público de 12 mil agentes de viagens e mais de 600 expositores nacionais e internacionais. No workshop da CVC Sergipe vai destacar o roteiro ‘Sol e Praia', além de também enfatizar a forte tradição cultural que os Festejos Juninos representam para o estado.

"O Governo de Sergipe vem investindo em ações de divulgação do nosso estado ao longo desses anos. E a prova de que estamos no caminho certo são os números positivos que obtivemos no setor turístico ano passado. Vamos iniciar a divulgação do destino Sergipe na CVC, que é considerada uma das principais feiras de turismo do Brasil", afirmou o secretário de Turismo, Elber Batalha.

Fonte: Ascom/Setur

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Setur discute com a Funcaju a realização do carnaval na Orla de Atalaia

O secretário de Estado de Turismo, Elber Batalha, recebeu na manhã desta segunda-feira, 04.02, uma equipe da Fundação Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju (Funcaju), onde discutiram os detalhes finais para a realização do Carna Caju 2013, evento que vai acontecer entre os dias 08 e 12 de fevereiro, na Orla de Atalaia.Também participaram da reunião os representantes da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

O secretário fez questão de ressaltar a sua preocupação com a liberação da Orla por conta da segurança da população e dos visitantes. "Essa reunião com a Funcaju, ABIH e ABRASEL sobre o carnaval da PMA na Orla foi um ponto positivo, pois fizemos questão de expor nossa preocupação para a liberação da área por causa dos possíveis transtornos que o evento trará para o trânsito e, principalmente para mostrar a necessidade de uma segurança mais eficiente e que leve tranquilidade à população e aos turistas", esclarece Elber Batalha.

Segundo o secretário a Setur não poderia jamais impedir a realização do carnaval, já que a prefeitura garantiu todas as normas de segurança e tranquilidade aos turistas que visitam Aracaju neste período. 

"Não temos como impedir a liberação de um evento deste porte até por que a ABIH e a Abrasel concordaram com todos os termos abordados na reunião. A Setur se preocupada apenas com o bem estar comum de todos", disse o secretário. Na reunião, foram discutidas também ações de fiscalização dos ambulantes que irão comercializar durante o Carna Caju na Orla de Atalaia durante o período da festa, para que não atrapalhe o fluxo de turistas que virão para Aracaju no carnaval.

Fonte: Ascom SETUR/SE (Fotos: Maxwell Corrêa)

Confira a programação completa:

8 de fevereiro (sexta-feira)
- Banda Unidos do Aribé
- Rogério e banda
- Banda Nav Axe
- Cid Natureza
- Maysa Reis

9 de fevereiro (sábado)
- Banda Os 10 Mais do Frevo
- Os Indomáveis
- Banda Estação da Luz
- Banda Jeito de Ser
- Trinka de Reis

10 de fevereiro (domingo)
- Banda Lateiros Curupiras
- Patati Patatá
- Isaque Borges e Banda L7
- Banda OS3
- Cinco Elementos
- Banda Art Mania

11 de Fevereiro (segunda-feira)
- Banda Geração do Frevo
- Big Banda Show
- Banda Dhi Sambar
- Banda Inspiração do Gheeto

12 de Fevereiro (terça-feira)
- Banda Sassaricando
- Orquestra brasileira
- Banda Dekola
- Só Lamento
- Banda Hollywood

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Renda Irlandesa afirma tradição e perspectiva em SE

Ao completar cinco anos de registro como patrimônio cultural do Brasil em 2013, a Renda Irlandesa se mantém como marca das tradições sergipanas e potencial de projeção internacional. Segundo dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), as raízes do bordado remontam à época do Brasil Colônia, e em Sergipe encontram em Divina Pastora seu foco principal. Para manter vivo o conhecimento, rendeiras, Iphan e instituições de apoio investem em oficinas para instrução de novas bordadeiras, além de noções de empreendedorismo.

De acordo com Rosângela Barreto, técnica em educação do Iphan, a Renda Irlandesa tem ganhado novos usos e estilos de acordo com a criatividade das rendeiras. “Historicamente, a Renda era utilizada nos enxovais das casas nobres. Hoje ela já é empregada em peças de vestuário, bolsas, carteiras, enfeites para casa, brincos e até vestidos de noiva, além de roupas de cama e mesa. É o que nós chamamos de uso recente da Renda”, diz.

Para a técnica em educação, a difusão da Renda Irlandesa foi facilitada pela inserção das rendeiras em grandes eventos. “A participação em exposições, feiras e oficinas faz com que elas ganhem contatos e autoconfiança em seu trabalho. As próprias rendeiras tem ganhado cada vez mais autonomia, ficando responsáveis pela divulgação e distribuição dos produtos. Os turistas veem a desenvoltura e elevada auto-estima delas ao mostrarem suas produções, se interessam e fazem as encomendas, tanto para outros locais do Brasil quanto para destinos internacionais”, relata Rosângela.

A produção da Renda Irlandesa serve de único meio de sustento para muitas famílias, ou pode atuar como fonte alternativa de ganho financeiro. “Embora a origem da renda encontre base nas mulheres simples e iletradas, hoje em dia a maioria das rendeiras trabalha e estuda, e tem formação superior. Algumas das maiores rendeiras do Estado são professoras e pós-graduadas. Para elas, a renda não é a única fonte de sustento, e tem valor de apego emocional e herança cultural”, afirma.

Oficinas
Para propagar o conhecimento sobre as técnicas de produção, as oficinas tem sido um dos principais meios de afirmação da cultura da Renda. Nos dias 30 e 31 de janeiro, a Superintendência do Iphan em Sergipe, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) e o Sebrae ministraram uma formação para discutir questões relacionadas ao registro de Identificação Geográfica (IG) no município de Divina Pastora. O título foi concedido à Renda pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, atribuindo à Renda Irlandesa o status de produto original sergipano.

“As oficinas são base para que as rendeiras passem o conhecimento umas às outras. No Estado, poucas são as artesãs que sabem fazer o desenho que serve de molde para as costuras. Já estamos providenciando esta formação através de oficinas ministradas pelas próprias artistas”, relata Rosângela. "Embora já existam muitas rendeiras, é preciso ter grande prática para confeccionar as peças maiores, já que o processo é longo e trabalhoso. Uma só artesã não dá conta de produzir uma colcha, por exemplo. É preciso dividir o desenho, e depois a mestra faz a união dos pontos. Por isso, formação e experiência são fundamentais", completa.

História
Rosângela Barreto explica a história da chegada da Renda Irlandesa em Sergipe. “Na época da decadência do ciclo da cana, as mulheres que trabalhavam nos canaviais foram para as casas dos senhores de engenho. Como forma de aproveitar a mão de obra excedente que não cabia nos afazeres domésticos, essas mulheres aprendiam com as sinhás o bordado estrangeiro”, conta.

“As sinhás, por sua vez, aprenderam a renda com freiras dos conventos europeus. O nome ‘irlandesa’ vem da nacionalidade das freiras, que eram em sua maioria vindas da Irlanda”, completa. Ainda segundo Rosângela, o foco em Divina Pastora se explica pelo fato de o local ter sido um importante pólo de produção de cana de açúcar, juntamente às cidades do Vale do Continguiba.

Além de Divina, outras sete cidades mantém pequenos grupos de rendeiras. Todos, entretanto, guardam relações com as tradições do município. Dona Sinhá, Marocas e Dina são consideradas as matriarcas da Renda Irlandesa em Sergipe, tendo propagado a técnica entre as novas gerações através da matriz oral. Em 2000, um grupo de rendeiras de Divina Pastora criou a Associação para o Desenvolvimento da Renda Irlandesa (Asderen), ponto de partida para o reconhecimento do bordado como patrimônio cultural, em 2008.

Fonte: Portal Infonet (Por Nayara Arêdes e Aldaci de Souza)