Apenas quatro companhias estão em operação no Brasil, o que gera menos concorrência
A produtora Nathália Ribeiro mora no Rio de Janeiro e quer passar as
festas de fim de ano com a sua família, que mora na Bahia. Desde
setembro, ela estava pesquisando passagens de avião, mas contou ao iBahia
que não encontrava bilhetes por menos 10 mil milhas ou menos de R$ 2
mil reais (ida e volta ou, a depender da data, apenas um trecho).
Geralmente, o valor das passagens é inferior a R$ 500 (ida e volta).
"Com
a compra da Webjet pela Gol e da Trip pela Azul, a concorrência entre
as companhias aéreas diminuiu muito e os preços aumentaram absurdamente.
Quem sofre com isso somos nós", lamenta Nathália, que observou que as
passagens estão mais caras este ano e há poucas opções de voo. Apenas
nesta quarta-feira (12) ela adquiriu as passagens por 15 mil milhas cada
trecho, com conexões e escalas.
Quem não planejou com antecedência as viagens de final de ano e ainda
quer ou precisa viajar fica assustado com os preços das passagens
domésticas. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de
Agências de Viagens da Bahia (ABAV-BA), Rogério Ribeiro, apesar de todo
ano existir uma elevação dos preços no mês de dezembro, os bilhetes
realmente estão mais caros.
"Existem vários fatores que
contribuíram para a elevação do preco das passagens aéreas", diz
Ribeiro. Além do início da alta temporada no Brasil, outro motivo
apontado pelo vice-presidente da ABAV-BA é o afunilamento do mercado de
empresas, limitando o número de companhias aéreas com atuação no país a
basicamente quatro: Tam, Gol, Azul e Avianca.
Este afunilamento
gera uma diminuição de oferta e uma determinada liberdade de preço,
segundo ele. "Se você tem muitas ofertas, você tem competitividade. Se
não tem, gera colapso e elevação de preços", afirma Ribeiro.
Outra razão é que a Tam e a Gol, as duas maiores companhias aéreas do
Brasil, tiveram prejuízos no primeiro semestre, tendo seus balancetes no
vermelho neste período. E quem paga a conta é o consumidor, pois as
empresas elevaram os preços para garantir o equilíbrio no fechamento do
ano, explica o vice-presidente da ABAV-BA.
Planejar para pouparPara
não passar sufoco na hora de comprar passagens, o jeito é se planejar e
não fechar o feriado em cima da hora. "Passe a se planejar com extrema
antecedência, porque senão vai pagar mais caro", aconselha Ribeiro.
Afinal, os bilhetes aéreos ficam disponíveis para a compra com 11 meses
de antecedência, o que torna possível planejar com bastante
antecedência. "Em dezembro, comece a comprar o bilhete para o São João",
recomenda.
Não planejou?
Para quem não conseguiu se
planejar ou precisa fazer a viagem de última hora, ainda restam algumas
tentativas para driblar os altos preços. Segundo o vice-presidente da
ABAV-BA, existem algumas empresas no mercado que ainda possuem coisas
que não foram vendidas. A recomendação é ir para o mercado e ver nas
agências o que ainda está disponível, principalmente os pacotes
combinados (que incluem passagem aérea e hospedagem, por exemplo).
Se ainda assim não conseguir algum preço mais em conta e o motivo da
viagem for apenas o lazer, vale a pena refletir se é fundamental fazer
essa viagem tão cara neste momento, aconselha Ribeiro. E, então, pensar
na possibilidade de se planejar para o próximo feriado.
Já quem
precisa viajar, para visitar familiares, por exemplo, pode optar pelo
transporte rodoviário. Ou ficar de madrugada tentando alguma passagem
mais barata. "Mas é uma loteria", adverte o dirigente.
Fonte: iBahia.com
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