terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ponte Gilberto Amado: um novo horizonte de desenvolvimento para Sergipe

A Ponte Gilberto Amado não tem esse nome por acaso. Como seu homenageado, é referência de grandeza na história do nosso estado e no coração de cada sergipano.

Gilberto de Lima Azevedo Souza Amado de Faria nasceu em Estância, região sul de Sergipe, em 1887. Escritor, jurista, diplomata e político brasileiro, Amado migrou logo cedo da província para a metrópole. Aos 21 anos, já era conhecido entre as figuras de primeiro plano do mundo literário graças a seu trabalho jornalístico no Rio de Janeiro, para onde se mudou após a formatura em Direito em Pernambuco. Aos 28 anos, o povo sergipano traduziu em voto o desejo de vê-lo como Deputado Federal, sendo eleito outras duas vezes, em 1921 e 1924 para o mesmo cargo, e para senador em 1927, ano em que também foi Diretor da Caixa Econômica Federal.

A Revolução de 1930 pôs fim à Primeira República e também à carreira política de Gilberto Amado. Sempre interessado nas questões sociais e políticas do Brasil, é nessa época que Gilberto volta-se inteiramente para os seus trabalhos, estudos e pesquisas. A dedicação lhe rendeu os convites para servir ao país como embaixador no Chile, Finlândia, Itália e Suíça. A partir de 1948 foi membro, e muitas vezes presidente, da Comissão de Direito Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU). Foi membro da Academia Brasileira de Letras em 1963. Publicou um grande número de obras, entre memórias, romances, crônicas, estudos filosóficos e político-sociológicos. Um estanciano que elevou o nome do Brasil e o orgulho de Sergipe.

Assim como o escritor, a ponte erguida sobre o Rio Piauí, tem o espírito arrojado e inovador do povo sergipano. Ao estabelecer a ligação entre os municípios de Estância e Indiaroba, a Ponte Gilberto Amado vai interligar todo o litoral sul Sergipano ao litoral norte da Bahia. Se somarmos  isso às obras da duplicação da BR 101, ainda em andamento, com a ligação já estabelecida entre a capital Aracaju e o município de Itaporanga, através da ponte Joel Silveira, Sergipe inaugura um novo eixo de desenvolvimento econômico na sua história. Um estado que abre suas portas para o futuro e para o progresso.

Com a entrega da ponte, o cenário ficou ainda mais surpreendente.
 
De um lado, o povoado de Porto do Mato em Estância. Do outro, o povoado de Terra Caída em Indiaroba. Em ambos os lados, um paraíso. A natureza foi generosa com esse pedacinho de Sergipe. A diversidade de seus recursos naturais, composta de manguezais, lagoas, dunas, restingas, estuários e remanescentes de Mata Atlântica, chamam a atenção de moradores e turistas. Riqueza também encontrada no modo de vida da população com suas festas e manifestações folclóricas em que enchem as ruas com brincadeiras de roda ao som do samba de coco. Uma combinação difícil de esquecer, como também o é ao ouvirmos os ‘causos’ dos pescadores enquanto limpam suas imensas redes de pesca.

As praias são um cartão postal à parte. A Praia do Saco, em Estância, com suas dunas e seu mar verde e calmo, está entre as 100 praias mais bonitas do mundo. A Praia do Abaís e Caueira sugerem novas nuances de um mesmo éden, cada uma à sua maneira. Águas mornas, areias brancas e ondas médias.

O povoado de Porto do Mato é banhado pelas bacias dos rios Piauí, que nasce na serra dos Palmares no município de Riachão do Dantas e drena as terras da região Centro-Sul passando por Estância; e Real, que nasce na serra do Tubarão no município de Poço Verde, na divisa com o estado da Bahia, banhando terras sergipanas apenas na margem esquerda. São bacias ricas em cursos d’ água e que desaguam juntas no oceano Atlântico, através do imenso estuário do Piauí-Real, conhecido como estuário do Mangue Seco, praia que ficou internacionalmente conhecida ao ser descrita em Tieta pelo escritor Jorge Amado, primo de Gilberto Amado.

Em Terra Caída, na cidade de Indiaroba, a beleza é de um bucolismo ainda maior. Cada ângulo de visão revela uma nova epopéia de sons e cores, com pássaros rasgando o vento em revoada enquanto o sol se descortina por trás dos mangues. A comunidade preserva o local e zela para que a natureza seja respeitada. Adeptos da economia solidária e da agricultura familiar, a população de Terra Caída exala a mesma receptividade e o mesmo carinho que encontramos em todo Sergipe.

Encravada entre esses dois povoados, está uma das maiores obras estruturantes feitas pelo Governo do Estado, hoje, uma das maiores pontes do Nordeste. São 1.712 m de extensão por 14.2 m de largura em um investimento superior a R$ 124 milhões. Uma ponte que ligará pessoas, histórias, culturas, amores, vidas.

Você é nosso convidado para a solenidade de inauguração não apenas de uma ponte. Mais do que concreto e vigas, mais do que um antigo anseio da população, o soerguimento da ponte Gilberto Amado é a imagem de um Sergipe que se estrutura e se fortalece para crescer e se conhecer melhor. Prova do compromisso de um governo que continua, hoje e sempre, trabalhando pra você.


 

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