Por José Castilho Almeida de Jesus
Embarcando no catamarã Pomonga, da MFTur, o destino é descer o rio São Francisco e chegar a Fazenda Angicos, em Poço Redondo,
município vizinho a Canindé de São Francisco. O local é uma reserva
patrimonial histórica do Cangaço, movimento surgido no nordeste no final
do século XVIII. O Eco parque é um ambiente que contrasta passado e
presente. Por esse motivo seus visitantes viajam até o local a fim de
conhecerem da história que ficou famosa na região.
O
Eco Parque, um empreendimento particular, revive a história do cangaço,
e oferece um ambiente rústico e sofisticado, em que até os funcionários
se caracterizam como cangaceiros. Aos visitantes que freqüentam o
lugar, além do lazer, tem a oportunidade de explorarem mais o caminho
que leva a Grota de Angicos, onde Lampião e nove integrantes de seu
bando foram mortos.
A
trilha à Grota de Angico é um percurso, ida e volta, de cerca de três
quilômetros. É cheio de atrativos e surpresas, exigindo alguns cuidados.
Em plena caatinga chegar à grota pede algumas precauções, tais como:
usar tênis; protetor solar; e muita, muita água, visto que no local faz
calor acima dos 40º. Por ser íngreme o caminho, os guias que levam à
trilha recomendam que seja levada alguma fruta ou doce para ser
consumida, caso o turista vir a sofrer hipoglicemia.
A
guia Valquíria Souza, que trabalha no Eco Parque, explica que a
caminhada é uma aula de história do cangaço. Trabalhando há dois anos no
Eco Parque, Valquíria faz o percurso duas vezes ao dia, estando sempre
preparada não só nas explicações dos fatos históricos da rota do
cangaço, mas também em cuidar dos primeiros socorros caso alguém passe
mal durante o percurso. “Muitos conhecem pouco da história do cangaço, e
vem mesmo com o intuito de saber como foi à morte do tão famoso líder,
que vivia sempre fugindo da volante, e vivia sempre escondido nas
caatingas. As pessoas pensam que o cangaço era exclusividade de Lampião,
porém existiam outros bandos de cangaceiros. A história do cangaço é
conhecida no mundo todo, e isto se tornou atrativo para diversos
turistas, que vem ao local que é o segundo mais explorado da região
depois do Cânion do São Francisco”, explicou.
O
casal curitibano (Paraná) de engenheiros Marcos e Cristina Pereira
ficaram surpresos com o Estado, que visitam pela primeira vez. “Sergipe é
um dos estados do nordeste que ainda não havia conhecido, me surpreendi
com tanta beleza. Durante minhas viagens costumo ser bastante eclético.
Misturo opções de turismo tentando aproveitar a viajem de uma forma
geral, com a cultura que também faz parte. Sentir dificuldade durante a
trilha por que achei ter acesso fácil, mas é necessário está no local
pra sentir mesmo como foi à história. Vou sair daqui com boas
indicações, e recomendar Sergipe á outras pessoas”, disse.
Fonte: www.faxaju.com.br
Foto: Internet
Foto: Internet
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