quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Na rota do cangaço: Um passado que contrasta com o presente


Por José Castilho Almeida de Jesus

Embarcando no catamarã Pomonga, da MFTur, o destino é descer o rio São Francisco e chegar a Fazenda Angicos, em Poço Redondo, município vizinho a Canindé de São Francisco. O local é uma reserva patrimonial histórica do Cangaço, movimento surgido no nordeste no final do século XVIII. O Eco parque é um ambiente que contrasta passado e presente. Por esse motivo seus visitantes viajam até o local a fim de conhecerem da história que ficou famosa na região.

O Eco Parque, um empreendimento particular, revive a história do cangaço, e oferece um ambiente rústico e sofisticado, em que até os funcionários se caracterizam como cangaceiros. Aos visitantes que freqüentam o lugar, além do lazer, tem a oportunidade de explorarem mais o caminho que leva a Grota de Angicos, onde Lampião e nove integrantes de seu bando foram mortos.

A trilha à Grota de Angico é um percurso, ida e volta, de cerca de três quilômetros. É cheio de atrativos e surpresas, exigindo alguns cuidados. Em plena caatinga chegar à grota pede algumas precauções, tais como: usar tênis; protetor solar; e muita, muita água, visto que no local faz calor acima dos 40º. Por ser íngreme o caminho, os guias que levam à trilha recomendam que seja levada alguma fruta ou doce para ser consumida, caso o turista vir a sofrer hipoglicemia.

A guia Valquíria Souza, que trabalha no Eco Parque, explica que a caminhada é uma aula de história do cangaço. Trabalhando há dois anos no Eco Parque, Valquíria faz o percurso duas vezes ao dia, estando sempre preparada não só nas explicações dos fatos históricos da rota do cangaço, mas também em cuidar dos primeiros socorros caso alguém passe mal durante o percurso. “Muitos conhecem pouco da história do cangaço, e vem mesmo com o intuito de saber como foi à morte do tão famoso líder, que vivia sempre fugindo da volante, e vivia sempre escondido nas caatingas. As pessoas pensam que o cangaço era exclusividade de Lampião, porém existiam outros bandos de cangaceiros. A história do cangaço é conhecida no mundo todo, e isto se tornou atrativo para diversos turistas, que vem ao local que é o segundo mais explorado da região depois do Cânion do São Francisco”, explicou.

O casal curitibano (Paraná) de engenheiros Marcos e Cristina Pereira ficaram surpresos com o Estado, que visitam pela primeira vez. “Sergipe é um dos estados do nordeste que ainda não havia conhecido, me surpreendi com tanta beleza. Durante minhas viagens costumo ser bastante eclético. Misturo opções de turismo tentando aproveitar a viajem de uma forma geral, com a cultura que também faz parte. Sentir dificuldade durante a trilha por que achei ter acesso fácil, mas é necessário está no local pra sentir mesmo como foi à história. Vou sair daqui com boas indicações, e recomendar Sergipe á outras pessoas”, disse.

Fonte: www.faxaju.com.br
Foto: Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário